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voltarConsumidor vai cortar em 20% o uso do crédito
Medo do desemprego reduz intenção de compra a prazo, diz FIA
O consumidor pretende cortar em 20% a procura por financiamentos para a compra  de bens duráveis no primeiro trimestre deste ano na comparação com a igual  período do ano passado, revela pesquisa sobre a intenção de compras do Programa  de Administração de Varejo (Provar) em parceria com a Fundação Instituto de  Administração (FIA).
"O medo de perder o emprego pesa mais que o fato de  já tê-lo perdido na decisão de compras a prazo neste trimestre", observa o  coordenador da pesquisa, Cláudio Felisoni. A enquete, realizada no início deste  mês na cidade de São Paulo, ouviu 500 consumidores com renda média mensal de R$  1,4 mil.
De acordo com a pesquisa houve queda na intenção de comprar a  prazo em todas as dez categorias de produtos pesquisados: de geladeiras, itens  de informática, artigos cama, mesa e banho e até nos automóveis. A pesquisa  considera também nesse grupo de respostas a intenção do consumidor de usar o  parcelamento do cartão de crédito.
Na análise de Felisoni, o consumidor  está mais precavido. Prova disso é que 8,1% da renda dos entrevistados está  comprometida hoje com mensalidades do crediário. Abatidas essas despesas, há  ainda uma sobra 11,5%. No último trimestre do ano passado, o índice  comprometimento da renda com financiamentos estava em 13,7% e sobravam  7,5%.
A cautela do consumidor de menor renda também fica evidente no  porcentual de consumidores que não pretendem comprar bens duráveis. Neste  trimestre, 33,4% dos entrevistados não vão às compras , ante 26,2% no último  trimestre de 2008. Segundo Felisoni, o recuo vai além da sazonalidade normal de  queda entre os dois períodos.
O pessimismo é maior entre os consumidores  que compram pela internet e têm maior poder aquisitivo e informação, revela  outra pesquisa do Provar/FIA e Ebit. Entre os cerca de 5 mil entrevistados,  15,7% não pretendem adquirir bens duráveis neste trimestre, ante 9,1% em outubro  do ano passado.
Com base nesses indicadores antecedentes de recuo na  venda a crédito e na própria séria histórica do IBGE de vendas no varejo, que  inclui os hipermercados, Felisoni projeta queda de vendas no varejo de 0,86% em  janeiro e de 1,85% neste trimestre ante o último do ano passado, descontados os  efeitos sazonais.