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voltarFiesp estima queda de 15% nas exportações brasileiras em 2009
As exportações brasileiras devem cair 15% em 2009, não ultrapassando a cifra de US$ 160 bilhões, inferior aos US$ 190 bilhões registrados em 2008.
Karin Sato
As exportações brasileiras devem cair 15% em 2009, não  ultrapassando a cifra de US$ 160 bilhões, inferior aos US$ 190 bilhões  registrados em 2008.
A estimativa é do diretor do Derex (Departamento de  Relações Internacionais e Comércio Exterior) da Fiesp (Federação das Indústrias  do Estado de São Paulo), Roberto Giannetti da Fonseca.
O motivo da queda  nas vendas ao mercado externo é a crise mundial, que despertou uma onda de  protecionismo comercial em determinados países e levou a Europa e os Estados  Unidos à recessão econômica.
Pior resultado desde 1975
Dados da  Funcex (Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior) mostram que a queda de  22% das vendas brasileiras ao exterior no mês de janeiro é a pior marca desde 1975, início  da série histórica.
"Nem na época da crise do petróleo tivemos uma crise  tão profunda", disse o executivo,  na última terça-feira (10), durante reunião do Coscex (Conselho Superior de  Comércio Exterior da entidade).
Parte importante  do arrefecimento se deve à desvalorização de 34% nos preços das manufaturas, de  forma que as commodities agrícolas não são as principais responsáveis, com um  ligeiro declínio de 6,8% dos preços  internacionais.
Perspectiva
Para o presidente do Coscex, Rubens  Barbosa, este cenário tende a piorar muito mais, antes de se reaquecer. As  empresas exportadoras, até o final do ano, enfrentarão dificuldades para manter  seus mercados. "Parece que o governo ainda não se deu conta da gravidade desta  crise", afirmou.
Segundo Barbosa, a crise global tornou clara a  vulnerabilidade externa brasileira pela "fragilidade produtiva e limitada  capacidade competitiva, em decorrência da falta de políticas de produção e de  comércio exterior".
Ele sugeriu que a Secretaria de Comércio Exterior,  respaldada pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), diagnostique os avanços e o  que falta realizar, para ampliar a competitividade das empresas brasileiras  exportadoras.
A iniciativa compactua com os planos do governo, que, em  maio do ano passado, lançou a Política de Desenvolvimento Produtivo, anunciando  o objetivo  de ampliar a participação das exportações no mundo em 1,25% e aumentar em 10% o  número de pequenas e médias empresas exportadoras.